Hoje, há 109 anos, o Império Austro-Húngaro declarou guerra ao Reino da Sérvia. Esse fato culminou, em questão de dias, com a I Guerra Mundial.
A Alemanha via a Rússia como uma grande ameaça pois, apesar de não ter um exército poderoso, era numeroso, tinha a 4ª economia do mundo à época e estava desenvolvendo ferrovias em grande número, o que permitiria deslocar seus soldados rapidamente para as fronteiras em mais alguns anos. O Estado-Maior alemão sabia que era melhor enfrentar a Rússia já em 1914 do que encontrá-la mais forte em alguns anos.
Com o assassinato do arquiduque Franz Ferdinand (Áustria) pelo sérvio Gavrilo Princip, ocorreram muitos motins na Bósnia pois relatórios oficiais à Viena (Áustria) informavam que a Sérvia era cúmplice. Mas na Europa em geral não houve muita repercussão por causa do assassinato.
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O Chefe do Estado-Maior austríaco, Conrad von Hotzendorf, gostou do acontecido. Ele era imperialista e sonhava com a expansão da Áustria sobre outros reinos.
Em cerca de um ano e meio, ele aconselhou o Imperador Franz Joseph (Áustria) a fazer guerra contra a Sérvia ou contra a Rússia, no entanto, o arquiduque Ferdinand convencia o imperador do contrário. Mas, coincidência (!!!), Ferdinand foi assassinado.
Com a “carta branca” do Kaiser Guilherme (Alemanha) que disse, em 5 de julho de 1914, que apoiaria a Áustria em quaisquer de suas ações contra a Sérvia, muitos responsabilizam a Alemanha pela Grande Guerra.
O Kaiser prometeu apoio à Áustria e disse ao embaixador austríaco, em 5 de julho, que a Sérvia não precisava se preocupar com a Rússia, pois a Rússia não estava pronta para uma guerra de grandes proporções no momento.
Em 7 de julho, o gabinete austro-húngaro se reuniu e decidiu guerrear contra a Sérvia para reduzir seu tamanho e torná-la dependente da Áustria.
Em 13 de julho, novos relatórios informaram Viena (Áustria) de que a Sérvia não tinha nenhuma relação com o assassinato do arquiduque Franz Ferdinand, mas a essa altura não mudou em nada as decisões já tomadas.
Sem os conselhos de Ferdinand, que foi assassinado, o Imperador Franz Joseph finalmente se decidiu que poderia invadir a Sérvia sem que outras potências interferissem. Ele fez um ultimato totalmente voltado para que fosse rejeitado pela Sérvia, pois queria a guerra.
Em 19 de julho, a Áustria fez um ultimato à Sérvia culpando-a pelo assassinato, que continha 15 exigências para evitar uma guerra.
Em 23 de julho o ultimato foi enviado à Sérvia dando prazo de 48 horas para resposta.
Em 25 de julho, às 18h, a Sérvia respondeu e aceitou todas exigências, menos uma: a de que o processo judicial fosse feito pela Áustria e em território Sérvio e pediu que essa exigência fosse levada ao tribunal de Haia.
Em 27 de julho, a Rússia propôs se reunir com a Áustria para negociar e evitar uma guerra, o que foi recusado.
No mesmo dia, os britânicos pediram aos alemães para que uma conferência entre as quatro potências fosse realizada para tentar resolver a questão, o que também foi rejeitado.
Algumas horas depois, o imperador austríaco Ferdinand Joseph, declarou guerra à Sérvia, confiando no apoio alemão. Essa declaração viria a ser a sentença de morte de seu próprio império.
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