Violência juvenil: um problema de educação.

Na matéria anterior relatamos a morte de uma aluna que se envolveu em uma briga na escola. Ele pode ser lido aqui.

Em seu artigo sobre violência juvenil, o padre Paulo Ricardo aponta a deterioração da educação familiar e doméstica como uma das principais causas da crise moral atual e da violência juvenil. Ele argumenta que a pedagogia cristã busca preparar os indivíduos para virtudes e para o céu, enquanto a pedagogia moderna se tornou fragmentada e especializada em aprimorar habilidades específicas, a parte técnica de certas atividades e cita o padre Leonel Franca, reconhecido e premiado sacerdote e educador brasileiro:

“A marcha ascendente da criminalidade juvenil constitui um dos sintomas mais alarmantes da moderna vida social. Um vício orgânico desequilibrou a nossa pedagogia e as gerações que surgem acusam, com uma depressão do ideal humano, um abastardamento progressivo dos caracteres”

O sistema educacional brasileiro deixou de formar seres humanos completos e competentes, mas a deteriorização da educação vem de longa data.

O processo de dissolução dos ideais pedagógicos

A filosofia de Aristóteles foi toda baseada no realismo e ele buscou a verdade em todos os assuntos que se propôs estudar. Seus escritos foram redescobertos no século XII e foi a base fundante da nossa civilização ocidental, perdurando até os dias de hoje.

Acontece que no final da Idade Média, vários eventos combateram o realismo, usando alegações subjetivas e relativizando as coisas. Esses pensadores inspiraram os filósofos modernos, como por exemplo Rousseau, que inspira a maior parte dos educadores atualmente.

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Sairmos do realismo para o relativismo fio desastroso, pois levaram a uma mudança nos objetivos da educação. Ela se tornou um mero instrumento de manipulação das massas, sendo usada politicamente e como parte dos métodos de propaganda.

A estatização do ensino contra o primado da educação familiar

A pedagogia brasileira enfrenta uma crise de educação marcada pela fragmentação dos princípios educacionais. Dois movimentos pedagógicos opostos têm influência: o individualismo hedonista e o viés socialista que ignora o indivíduo e o dilui no coletivismo.

O primeiro promove o prazer sem considerar os riscos dos instintos indisciplinados, enquanto o segundo retira o direito das famílias de educar os filhos e confia ao governo o papel de instrução. Essa combinação resulta em uma educação desarticulada e perigosa. Um sintoma disso é a ênfase em ideais vagos de justiça, tolerância e respeito, enquanto questões sexuais inapropriadas são introduzidas precocemente nas escolas.

O problema da criminalidade juvenil é um reflexo da crise educacional e moral.

É responsabilidade dos pais educar, com a escola auxiliando nesse processo, enquanto o estado deve garantir um ambiente propício ao desenvolvimento das capacidades individuais. Não cabe ao estado impor uma concepção de vida na consciência dos cidadãos.

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