subtema da categoria Artigos.
Se há algo que você gradualmente sente menos falta à medida que perde é a inteligência. Estou usando a palavra não no sentido comum de habilidades mensuráveis, mas sim na percepção da realidade. Quanto menos você percebe, menos percebe que não está percebendo. Normalmente, essa perda é acompanhada por um sentimento de satisfação, segurança e até mesmo infalibilidade. É claro: quanto menos inteligente você se torna, menos consegue lidar com contradições e dificuldades, e tudo parece explicável em poucas palavras.
Se essas palavras são respaldadas pela “intelligentzia” falante (mídia, artistas, professores universitários, políticos), meu caro, nada no mundo pode se opor à força avassaladora dos clichês que, em um estalar de dedos, respondem a todas as perguntas, dissipam todas as dúvidas e estabelecem, com total confiança, o império do consenso final. Refiro-me especificamente a expressões como
“desigualdade social”, “diversidade”, “fundamentalismo”, “direitos”, “extremismo”, “intolerância”, “tortura”, “medieval”, “racismo”, “ditadura”, “crença religiosa” e similares.
Se desejar, o leitor pode acrescentar outras palavras consultando brevemente as seções de opinião da chamada “grande imprensa“. No máximo, essas palavras se limitam a vinte ou trinta termos. Existe algo, entre o céu e a terra, que esses termos não expressem perfeitamente, não expliquem em detalhes mínimos, não se transformem em conclusões inquestionáveis que somente um louco ousaria contestar? A mente brasileira atualmente gira em torno dessas palavras, incapaz de conceber algo além do que esse limitado vocabulário pode abranger.
Se há algo que você gradualmente sente menos falta à medida que perde é a inteligência. Estou usando a palavra não no sentido comum de habilidades mensuráveis, mas sim na percepção da realidade. Quanto menos você percebe, menos percebe que não está percebendo. Normalmente, essa perda é acompanhada por um sentimento de satisfação, segurança e até mesmo infalibilidade. É claro: quanto menos inteligente você se torna, menos consegue lidar com contradições e dificuldades, e tudo parece explicável em poucas palavras.
Se essas palavras são respaldadas pela “intelligentzia” falante (mídia, artistas, professores universitários, políticos), meu caro, nada no mundo pode se opor à força avassaladora dos clichês que, em um estalar de dedos, respondem a todas as perguntas, dissipam todas as dúvidas e estabelecem, com total confiança, o império do consenso final. Refiro-me especificamente a expressões como
“desigualdade social”, “diversidade”, “fundamentalismo”, “direitos”, “extremismo”, “intolerância”, “tortura”, “medieval”, “racismo”, “ditadura”, “crença religiosa” e similares.
Se desejar, o leitor pode acrescentar outras palavras consultando brevemente as seções de opinião da chamada “grande imprensa“. No máximo, essas palavras se limitam a vinte ou trinta termos. Existe algo, entre o céu e a terra, que esses termos não expressem perfeitamente, não expliquem em detalhes mínimos, não se transformem em conclusões inquestionáveis que somente um louco ousaria contestar? A mente brasileira atualmente gira em torno dessas palavras, incapaz de conceber algo além do que esse limitado vocabulário pode abranger.